Novas tecnologias na pós impressão

Novas tecnologias na pós impressão

É de conhecimento comum dos profissionais de criação que, para agregar valor ao projeto gráfico, há a utilização de vários tipos de acabamento. Os recursos mais utilizados são o verniz e a laminação, porém o surgimento de novos maquinários mais produtivos e a queda no preço dos insumos permitem a ampliação no uso de outros tipos de acabamento.

A laminação consiste em aplicar um filme de polipropileno que possui características estéticas diferenciadas (fosca, brilho, holográfica, gofrada) sobre o material impresso. A mais popular é a fosca que confere ao produto final um acabamento acetinado interessante ao toque, além de conferir durabilidade ao produto final devido a capacidade de proteção.

Como se trata de um plástico como matéria-prima, existem alguns melhoramentos com relação a sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Alguns tipos de filmes de laminação recebem aditivos que aceleram o processo de oxidação do plástico, diminuindo a quantidade deste produto no processo de aplicação. A escolha correta para este tipo de laminação são para materiais com pouca durabilidade como embalagens, projetos promocionais, material de ponto de venda e catálogos com alto índice de reposição, pois esta laminação tem resistência de 8 a 18 meses, dependendo da temperatura de exposição.

Um acabamento utilizado junto com a laminação, principalmente a fosca, é o verniz de reserva ou localizado. Normalmente com secagem por polimerização este verniz é aplicado com clichê de polímero ou por meio de silk screen (serigrafia). Aplicado sobre papel couché fosco ou laminação fosca, o verniz destaca fotos, logotipos e elementos que merecem atenção.

Na aplicação de verniz, a inovação está presente na aplicação em linha, utilizando sistemas de rejeição entre óleo e verniz UV, possibilitando a eliminação do clichê de polímero para aplicação e aumentando a produtividade, permitindo o uso em altas tiragens, além de ampliar a área de aplicação dependendo do formato da máquina offset.

Um outro detalhe interessante sobre o verniz são as opções que criam ilusão 3D. Trata-se de um verniz que gera um efeito tridimensional sem a utilização dos conhecidos óculos 3D. Pode ser aplicado em displays, embalagens, woblers, cartazes e gôndolas.

Porém, quando o assunto é sofisticação o melhor exemplo é o hot stamping. A transferência de película metálica sobre o substrato é utilizada há muito tempo, porém sempre com o entrave da tiragem. Atualmente, existem máquinas velozes que conseguem fazer a aplicação com alta produtividade, permitindo o uso do recursos em embalagens, principalmente de chocolate e cosmético, em revistas e catálogos.

Além disso, as opções das fitas, incluindo o dourado e prateado, mais comuns, os coloridos metálicos e foscos, e os estampados, além do aumento significativo do formato das máquinas tem viabilizado o processo.

Os microencapsulados são outro item que merecem destaque porque as inovações nesta área mexem com a sensibilidade de quem manuseia o projeto gráfico.

Chocolate com amêndoa, morango, café, talco de bebê, hortelã, carro novo, vento, floral fresco enfim, os microencapsulados possuem vários tipos de aromas e podem ser aplicados tanto com silk screen (serigrafia) como offset, em área reservada ou em adesivo.

Além disso, podemos ter também microencapsulados termocrômicos (quente ou frio), fosfocrômicas (sensível a luz artificial) e fotocrômicas (sensível a luz solar).

A parte mais interessante dos recursos de acabamento é ver e sentir. Por isso, procure na sua cidade empresas que fornecem este tipo de serviço e peça catálogos ou amostras. Não esqueça também de verificar os valores destas aplicações para ter noção exata do que é possível ser utilizado no seu projeto.

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